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Archive for fevereiro \23\+09:00 2009

O OSCAR NO JAPÃO

E o Oscar vai para...

E o Oscar vai para...

Não dá para não falar de Oscar hoje!

E noite de Oscar era sempre aquela coisa: no Brasil, a gente acompanha ao vivo, antigamente com a narração do Rubens Ewald Filho (que tive o prazer de conhecer aqui em Tokyo), na madrugada de domingo para segunda e já assistiu a praticamente todos os filmes. E no dia seguinte ia morrendo de sono para a escola…

Aqui no Japão, há doze anos a rotina é outra: a gente acompanha só pela internet, já que a transmissão é só no canal pago que não faz parte de nenhum pacote da TV a cabo. E quando eu digo internet, é a cobertura do UOL, pois os sites japoneses são lentos e a maioria só informa mesmo o que se refere ao Japão, que esse ano foi bem destacado.

Dos concorrentes da categoria de melhor filme, apenas O Curioso Caso de Benjamin Burton (que assisti ontem e gostei muito!!!) foi lançado para o público e a maioria provavelmente passaria despercebida se não fosse indicado para o Oscar.

Bom, Kate Winslet deve ter realmente merecido. Sua participação em Revolutionary Road foi muito emocionante (eu gostei muito também!). Não tinha também como o Heath Ledger não ganhar, pois praticamente o mundo todo estava na torcida a seu favor. Ledger no papel do Coringa estava muito impressionante e várias crianças devem ter tido pesadelo com ele depois de assistir o filme.

Bom, a boa notícia para nós que moramos no Japão é que a maioria dos filmes indicados serão lançados em breve por aqui. Então, vai dar pra conferir se os realmente fizeram jus às indicações.

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O JAPÃO NO OSCAR

Depois de anos de reinado da China, um pequeno destaque da Coréia no cinema, agora o Japão retornou e acaba de ganhar dois Oscars: melhor filme estrangeiro (Okuribito, 2008) e melhor curta de animação (Tsumiki no Ie, 2008).

Kobayashi, papel de Mokkun: confundiu agência de viagens com outro tipo de viagem...

Okuribito: confundiu agência de viagens com outro tipo de viagem...

Eu já havia assistido Okuribito no cinema, no ano passado. Pensei que era um daqueles filmes pesadíssimos, mas dei de cara com um filme bem humorado, mas nem por isso superficial. É daqueles filmes para assistir com a família no domingo a tarde. Achei bem simpático e gostei, mas não achava que seria indicado para o Oscar e muito menos levá-lo (trazê-lo?) para casa.

No Japão, o filme teve uma boa recepção de público, mas não chegou a ser um blockbuster. Já a crítica adorou e levou praticamente todos os prêmios da academia japonesa. Na minha viagem (que não deu muito certo) no Ano Novo, eu passei por uma das cidades que foram usadas como locação do filme, no interior de Yamagata. E essa locações viraram pontos turísticos e tudo mais.

Masahiro Motoki, ex-integrante do grupo Shibugaki-tai (uma espécie de Menudo dos anos 80), é adorado pelo público japonês, é carismático e bem versátil. Ele faz o papel de Daigo Kobayashi, um celista que perde o emprego e volta para sua terra natal, no interior do Japão. Lá, confunde uma vaga de condutor de agência de viagens com o preparador de defunto para funeral.

Ryoko Hirosue, também ex-cantora e atriz desde bem novinha, faz o papel de esposa de Daigo e é responsável por alguns dos momentos mais marcantes do filme. Deixou o status de menina super normal e agora ganha o de uma das mais belas e talentosas atrizes japonesas.

Mas o melhor mesmo é o veterano Tsutomu Yamazaki, que faz o papel do dono da tal “agência”.

cubes

Tsumiki no Ie: Animação japonesa com traço europeu.

Outro representante do arquipélago acabou ganhando a estatueta. Eu já havia citado Tsumiki no Ie no blog e fiquei contente que ganhou. Não conheço os concorrentes, mas fiquei bem contente com a premiação. Achei engraçado o vídeo de agradecimento do diretor Kunio Kato. Bem low profile, sem nenhuma expressão no rosto, bem no estilo discreto dos japs. Bem diferente da equipe de Okuribito, que estava feliz da vida, arriscando um inglês macarrônico (sobático?) e muito simpática! Vale conferir todos no site oficial do Oscar.

——–

ps: os links são todos em japonês e provavelmente estarão bem congestionados por causa da premiação. Para informações em português, busque no (ou seria na?) Wikipedia.

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Os saudosos Paralamas: assaltaram a gramática?!

Os saudosos Paralamas: assaltaram a gramática?!

Quem é que pode com essa mudança ortográfica à esta altura do campeonato?! Tudo bem, eu sei que já se foram quase dois meses…

A queda do trema eu até entendo, apesar de gostar muito dele. O sumiço de alguns acentos circunflexos? Bem, para evitar problemas com moji-bake (alteração dos caracteres) por causa do sistema japonês –coisa do passado, eu sei!–, eu até estou acostumado a escrever emails totalmente sem acentos e cedilhas…

Mas acabar com o hífen, o acento agudo em ditongo aberto, etc… gente, depois de anos estudando para aprender a ortografia portuguesa, que por sinal não é nada fácil, resolveram mudar tudo de novo? Tinha mesmo é que proibir e condenar à pena de morte essa linguagem internetesca no qual “não” vira “naum”, “cadê” vira “kd” e assim por diante…

Mas enfim, acho que terei ceder às novas regras em breve. Mas perdoem-me pelos erros ortográficos e também pelos de concordância. Morar fora do país mais de 13 anos e usar português corretamente é tarefa para poucos… E eu estou tentando ser um deles….

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JAPAN MEDIA ARTS FESTIVAL 2009

mediaarts No último domingo, depois do almoço de despedida do amigo Inácio (que retorna ao Brasil em março), dei uma passadinha relâmpago no Japan Media Arts Festival, no Novo Centro Nacional de Artes, em Tokyo.

O museu em si já é um show a parte: arquitetura orgânica e superfuturista de Kisho Kurokawa, programação visual do banbanban das artes gráficas Kashiwa Sato, restaurante Paul Bocuse e café Vogue.

Como era o último dia, estava muito lotado e todas as atrações com filas dignas da Tokyo Disneyland… Trabalhos que iam desde vídeo e animação, passando por música, game e tudo o que fosse relacionado a arte midiática (?!). Algumas peças muito interessantes e outras nem tanto.

Mas para minha supresa, havia um brasileiro entre os premiados, o artista Marcio Ambrosio e sua obra Oups!, talvez a mais interessante. Nesse trabalho, o espectador entra num estúdio improvisado e interage com ilustrações que aparacem aleatoriamente numa tela gigante, juntamente com sua própria imagem.

Deu para conferir também um dos curtas de animação que concorre ao Oscar 2009. Tsumiki no Ie (The House of Small Cubes, 2008), do artista japonês Kunio Kato, é a história de um velhinho e suas memórias durante um mergulho atrás de seu cachimbo que caiu no mar. Delicada e com traços bem europeus, a animação tem como tema oculto o aquecimento global.

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A GUERRA DOS HAMBURGUERS

Hamburguers do Japão: a brincadeira acabou!

Hamburguers do Japão: a brincadeira acabou!

Apesar da crise em todos os setores aqui no Japão, o McDonald’s tem motivos de sobra para não se abalar.

Com o lançamento do premium roast coffee e também de finalmente introduzir o quarter-pound (quarteirão) por aqui, eles conseguiram aumentar o lucro da empresa pelo quinto ano consecutivo. eu não tomo café, mas o quarter-pound é qualquer coisa… muito bom!!!

A campanha publicitária do quarter-pound foi um tanto agressiva, mas muito bem sucedida. Num dos posteres, a frase “Hamburguers do Japão: a brincadeira acabou!” provoca as outras redes de fast-food.

Mas o MosBurger, uma rede de fast-food originalmente japonesa deu o troco na direção em que os japoneses são mais sensíveis, o orgulho do produto nacional. A marca “made in Japan” tem sido motivo de orgulho dos nativos, principalmente depois de escândalos envolvendo produtos alimentícios chineses e a carne de vaca-louca americana. Se bem que no ano passado, houve muitos casos de alimentos alterados, que foram até motivo para a escolha de um kanji (ideograma) um tanto estranho para 2008.

Hamburguer "Made in Japan"

Hamburguer 100% "Made in Japan"

Bom, em época de vacas magras, os jovens  japoneses não estão nem aí para o que estão comendo e querem saber da opção mais barata. E nessa o McDonald’s leva vantagem, já que um lanche no Mos Burger custa pelo menos 10% a mais. E a vantagem de sabor que o Mos levava já não é exatamente a mesma depois do quarter-pound do Mc. Agora é Preço versus Patriotismo.

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Eu e minhas irmãs, há quase três décadas atrás: meu sonho era ser pintor ou quadrinista

Eu e minhas irmãs, há quase três décadas atrás: meu sonho era ser quadrinista

Depois de correr feito louco atrás do tema da tese (ainda não definido completamente), arranjei um tempinho para postar.

Hoje, conversei com Angelo Ishi, professor da Universidade Musashi, em Tokyo, e um dos maiores entendidos sobre o movimento dekassegui e a comunidade brasileira no Japão. Na verdade, nos conhecemos há muito tempo atrás, quando cheguei em Tokyo. Ele era o diretor de redação do finado Jornal Tudo Bem e da revista Made in Japan. Esse papo, aliás, me fez repensar a minha pesquisa, os objetivos e as ações a serem tomadas. E me ajudaram a relembrar alguns compromissos que eu tinha comigo mesmo, desde que pisei por aqui.

Conversa vai, conversa vem, chegamos à crise mundial e como ela atingiu em cheio os dekasseguis e, por tabela, o ensino nas escolas brasileiras por aqui. Muitos pais não têm como pagar as mensalidades e muitas vezes, deixam as crianças em casa. Com os cortes de funcionários, boa parte dos brasileiros e suas famílias tiveram retornaram para o Brasil, ou seja, menos alunos, menos orçamento, sem contar o estresse psicológico.

Por coincidência, estava lendo a Veja desta semana e dei de cara com uma longa matéria sobre educação no Brasil. Ainda não terminei de ler, mas vi que por aí a educação não anda muito bem. Só que no Brasil, uma das principais causas da baixa qualidade de ensino é o desvio de dinheiro destinado à educação (!).

Um dos fatores que mais me impulsionaram para fazer esta pesquisa com crianças expatriadas, foi saber que o sonho de muitos dos filhos de dekasseguis era ser tradutor da empreiteira, trabalhar na loja para brasileiros ou conseguir um emprego numa fábrica que pague bem a hora trabalhada… Acho extremamente necessário que exista mão de obra para essas funções, mas o que aconteceu com aquele sonho de ser professor, médico, piloto ou mesmo jogador de futebol?

Acho que está mais do que na hora de eu também arregaçar as mangas e contribuir um pouco mais para o futuro dessas crianças.

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FUTURE MOTION 2009

o futuro do cinema digital

Future Motion 2009: o futuro do cinema digital

Como já expliquei num post anterior, o cinema 4K, de alta definição, já não é mais coisa de laboratório de pesquisa de empresa cinematográfica.

Future Motion 2009 é o evento que vai mostrar o que está sendo desenvolvido na área de cinema digital, com exibição de filmes, algumas mesas-redondas, live performances e um simpósio. Este evento vai abordar também o futuro da sinalização digital para espaços públicos e estabelecimentos comerciais.

FUTURE MOTION 2009
Data: 28 e 29 de março de 2009
Local: Hiroshi Fujiwara Hall, Collaboration Complex
Campus Hiyoshi, Keio University.
website: http://futuremotion.jp/ (também em inglês)

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